Sobre livro:
Um menino está prestes a nascer ¿ chamar-se-á Johannes como o avô e será pescador como o pai. Uma vida boa, é esse o desejo de quem o traz ao mundo, embora este seja um mundo duro, ruim e cruel. Um homem, velho e sozinho, morre ¿ chama-se Johannes e foi pescador.
É o seu melhor amigo que o vem buscar rumo a esse destino onde não há corpos nem palavras, apenas tudo aquilo que se ama. Antes do regresso definitivo ao nada, Johannes revisita o museu da sua vida, longa, simples e quotidiana, confrontando-se paulatinamente com a morte num constante entrelaçamento de real e alucinação, passado e presente.
Manhã e Noite é um romance sobre o maravilhoso sonho que é viver e a aceitação do ciclo natural das coisas. Numa linguagem poética e elíptica, inovadora e despojada, Jon Fosse condensa toda uma existência em dois momentos-chave, urdindo uma reflexão encantatória sobre o significado da vida, Deus e a morte.
Sobre autor:
Jon Fosse nasceu em 1959 em Haugesund, no Oeste da Noruega. Vive há 20 anos em Bergen. Escreve em novo norueguês, língua obrigatória nas escolas mas que só é falada nessa região. Estreou-se na literatura em 1983, tendo publicado cerca de quinze livros antes de chegar ao teatro: romances, poesia, ensaio, novelas e livros para crianças. A sua primeira obra para teatro foi escrita em 1994. Desde então já escreveu mais de quinze peças, que têm sido representadas na Noruega e no estrangeiro, dirigidas por encenadores como Gunnel Lindblom, Claude Régy, Jacques Lassale, Thomas Ostermeier, Barbara Frey, Katie Mitchell. Jon Fosse esteve em Portugal em março de 2000, aquando da estreia de Vai Vir Alguém n'a Capital com encenação de Solveig Nordlund e interpretação de Isabel Muñoz Cardoso, Diogo Dória e Paulo Claro e voltou a 11 de março de 2001 para assistir a Sonho de Outono, com encenação também de Solveig Nordlund e interpretação de Gracinda Nave, Marco Delgado, Camacho Costa, Lucinda Loureiro e Sylvie Rocha. Registos das suas intervenções, quando esteve n'a Capital, encontram-se publicadas nos números 2 e 4 da revista Artistas Unidos.
Escreveu as seguintes peças: E Nunca nos Separarão (1994), O Nome (1995), Vai Vir Alguém (1996), A Criança (1997), Mãe e Criança (1997), O Filho (1997), A Noite Canta os seus Cantos (1998), Um Dia de Verão (1998), Sonho de Outono (1999), Quando a Luz Baixa e Fica Escuro (1999), Dorme, meu Menino (1999), Visitas (2000), Inverno (2000), Variações sobre a Morte (2001), Rapariga no Sofá (2002), Lilás (2002), Os Cães Mortos (2003).
Vai Vir Alguém está publicada no nº 2 da revista Artistas Unidos; Sonho de Outono e O Nome foram reunidas num volume editado pela Campo das Letras.
Na temporada 2003-2004 há produções programadas de peças suas em várias cidades alemãs, na Eslovénia, Roménia, Grécia, República Checa, Dinamarca, Turquia, Japão, Formosa, Brasil, Estados Unidos e Austrália.
Imprensa:
«Jon Fosse foi comparado a Ibsen e a Beckett, mas a sua obra é muito mais do que isso. Em primeiro lugar, apresenta uma intensa simplicidade poética.»
The New York Times
«Fosse é um místico cuja linguagem dá vida à natureza, um poeta cuja voz faz a prosa cantar.»
Dagbladet