Sobre livro:
Franz Ferdinand leva os seus dias numa indolência despreocupada como tantos outros jovens abastados, vivendo maioritariamente de noite nos cafés, entre amigos e álcool, entregue aos caprichos cosmopolitas de uma opulenta Viena do início do século XX, capital do ainda Império Austro-Húngaro. Após a morte de seu pai, surge na sua vida Joseph Branco, um primo camponês de espírito nómada e livre, que fascina de imediato o jovem citadino.
Com o eclodir da Primeira Guerra Mundial, no entanto, os anos felizes terminam abruptamente. Franz Ferdinand atravessará os horrores da guerra e as humilhações da derrota como uma testemunha silenciosa, antevendo no meio das ruínas o nascer de uma nova ordem social, mesquinha e cruel.
Romance que retoma e conclui a história iniciada em A Marcha de Radetzky, e último livro que Joseph Roth publica em vida, A Cripta dos Capuchinhos é o relato evocativo e sentido de um mundo perdido, através dos olhos de um homem que luta por compreender qual o seu lugar numa sociedade em que se começam a sentir os primeiros ecos do barbarismo nazi.
Sobre autor:
Joseph Roth, escritor austríaco de origem judaica, nasceu em 1894 na cidade de Brody (Galícia Oriental, atual Ucrânia). Estudou Filosofia e Literatura Alemã na Universidade de Viena. Em 1916, alista-se como voluntário na Primeira Guerra Mundial e cai prisioneiro do exército russo, experiência que o marca profundamente.
Após o final da guerra, inicia uma carreira no jornalismo que o leva a mudar-se com a família, primeiro para Berlim, depois para Frankfurt, e, finalmente, em 1925, para Paris. O final da vida do escritor seria marcado pela tragédia, pressentida na sua breve e pungente novela A Lenda do Santo Bebedor, de 1939: exilado numa Paris em vésperas de mais uma guerra mundial, Roth acabaria por falecer nesse mesmo ano, consumido pelo alcoolismo.
Imprensa:
«É raro encontrar um realismo tão luminoso e uma clareza narrativa tão intrincadamente ligada a um temperamento poético.»
London Review of Books
«Roth foi um mestre do quixotesco e da melancolia no século XX.»
Publishers Weekly