Cavalo de Ferro | "Gelo" de Anna Kavan

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Sobre livro:
Num mundo dominado pela destruição, a guerra e o pânico, um protagonista sem nome vagueia por uma paisagem surreal, mas familiar, em demanda de uma estranha jovem mulher de cabelos prateados. Nesta busca insistente e obsessiva, atravessa mares e planícies geladas, ruínas de cidades saqueadas, lutando contra o tempo numa missão que tem tanto de real quanto de imaginário: salvar esta «rapariga de vidro» antes que o mundo conhecido se encerre no interior de uma muralha de gelo.

Publicado originalmente em 1967, um ano antes da morte da autora, e de imediato celebrado como uma das obras literárias mais inovadoras e extraordinárias do seu tempo, Gelo foi precursor de um novo género de ficção que seria mais tarde identificado nas obras de autores como J. G. Ballard, Philip K. Dick ou Haruki Murakami.

Sobre autor:
Nascida Helen Emily Woods, em Cannes, em 1901, Anna Kavan foi uma escritora cuja obra lhe valeu comparações a Virginia Woolf ou Sylvia Plath. Tendo passado a infância a viajar pela Europa e Estados Unidos, regressa com a família ao Reino Unido, onde, após um casamento falhado, se inscreve na London Central School of Arts and Crafts. 

Em 1929, publica o seu primeiro livro, A Charmed Circle, sob o pseudónimo de Helen Ferguson, lançando, nos oito anos seguintes, mais cinco romances. Como consequência de um segundo divórcio e da morte de um filho, sofre o primeiro de vários colapsos nervosos, sujeitando-se a um longo período de internamento numa clínica, na Suíça. Nunca mais irá recuperar inteiramente a sua saúde mental, agravada por uma dependência de heroína de longa data. 

Antes de morrer, a autora destruiu toda a sua correspondência e diários pessoais, ambicionando tornar-se «um dos maiores segredos do mundo literário». Quase o conseguia, não fosse a força profundamente inovadora da sua escrita e a admiração incondicional dos seus pares, entre os quais se contam nomes como Anaïs Nin, J. G. Ballard, Doris Lessing ou Patti Smith, a terem resgatado de um possível e injusto esquecimento.

Imprensa:
«O leitor ansiará por mergulhar no seu universo metálico e poeticamente surreal.»
Patti Smith

«Poderíamos quase ficar convencidos de que Anna Kavan conseguia prever o futuro… Cinquenta anos depois da sua publicação, este romance, quase um sonho febril, começa a parecer demasiado real.»
The New Yorker

«Anna Kavan escreveu alguma da ficção mais marcante e original do século XX.»
The Paris Review

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