Sobre livro:
«Afinal, ninguém sabe nada sobre ninguém. E ainda por cima, do que menos se sabe é do amor.»
Em Tel Keidar, uma pequena cidade situada junto ao deserto do Neguev, a morte brutal de um jovem adolescente, possivelmente por overdose, vai interferir no equilíbrio íntimo do casal Theo e Noa, fragilizado pela diferença de idades, pela ausência de filhos, pelo tédio e pela incomunicabilidade.
Com um virtuosismo inexcedível, Amos Oz faz alternar essas duas vozes narrativas, a de Theo e a de Noa, juntando-lhes ainda a do narrador, cronista anónimo que por vezes cede a palavra ao «coro» dos habitantes da cidade.
Assim, como que reunindo progressivamente todas as peças de um puzzle, o autor revela-nos a intimidade mais profunda de dois seres, ao mesmo tempo que retrata as tensões de uma pequena comunidade, recheada de personagens excessivos e pitorescos.
Não Chames Noite à Noite é uma preciosa sinfonia de humanidade em que Amos Oz explora com incomparável discernimento as possibilidades - e os limites - do amor e da tolerância.
Sobre autor:
Amos Oz nasceu em Jerusalém em 1939. Viveu em Arad, onde se dedicou à militância a favor da paz entre palestinianos e israelitas, e era professor de literatura na Universidade Ben Gurion no deserto do Negev. Escritor e jornalista, é autor de uma vasta obra que inclui romances e ensaios traduzidos em mais de trinta línguas. Foi, desde 1991, membro da Academia da Língua Hebraica. Os seus livros têm recebido as mais importantes distinções internacionais, incluindo o prémio Fémina (1988) prémio da Paz de dos Livreiros Alemães (1992), o prémio Israel (1998), o prémio Goethe (2005) e o prémio Príncipe das Astúrias (2007).
Faleceu a 28 de dezembro de 2018.
Imprensa:
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