Sobre livro:
Keiko foi sempre estranha - e os pais perguntam-se onde encaixará ela no mundo real. Por isso, quando a rapariga resolve ir trabalhar para uma loja de conveniência, a notícia é recebida com entusiasmo, até porque na loja ela encontra um mundo bastante previsível, que domina com a ajuda de um manual e copiando os colegas até na forma de falar.
Mas aos 36 anos é ainda na mesma loja de conveniência que trabalha, e além disso nunca teve um namorado, frustrando as expectativas da sociedade… Embora Keiko não se importe com isso, sabe que a família e os amigos estão mais ou menos desesperados. Um dia, porém, é contratado para a loja um rapaz com o qual Keiko tem algumas afinidades. Não será então aconselhável para ambos um relacionamento?
Sayaka Murata, uma das vozes mais originais e talentosas da ficção contemporânea japonesa, capta brilhantemente a atmosfera de uma loja de conveniência e satiriza as obsessões que regem a sociedade contemporânea e a pressão exercida sobre as mulheres no sentido de cumprirem expectativas alheias, com o pretexto de terem uma vida normal.
Uma Questão de Conveniência, que venceu o prémio Akutagawa e foi traduzido em mais de vinte países, é o retrato de uma heroína deliciosa que promete ser tão memorável como Amélie Poulain.
Sobre autor:
Sayaka Murata nasceu em Inzai, no Japão, em 1979. Em criança gostava de ler ficção científica e policiais e, aos dez anos, já sonhava escrever romances, pelo que a mãe lhe ofereceu um processador de texto. A família mudou-se para Tóquio quando ela estava na escola secundária e foi na capital que frequentou a Universidade Tamagawa. É uma das mais mediáticas romancistas contemporâneas e os seus livros ganharam prestigiantes prémios literários. Escreveu para a revista Granta e foi nomeada Mulher do Ano pela Vogue japonesa em 2016. Trabalha em part-time numa loja de conveniência na cidade de Tóquio, porque diz que a observação quotidiana das pessoas num lugar como esse é francamente inspiradora para a sua obra. A escrita de Sayaka Murata explora o inconformismo com as regras sociais, especialmente no tocante ao papel das mulheres, à paternidade, à assexualidade e ao celibato voluntário.
Imprensa:
«Um dos melhores livros de ficção de 2018.»
The Guardian