Sobre livro:
Uma viagem histórica, mas também poética, sensual e dramática, pela vida das mulheres da Antiguidade, escravas dos caprichos, da ambição e da ira masculina, que se viam confinadas às tendas de pastores nómadas, a haréns e serralhos dos palácios dos faraós do Egipto ou dos reis da Pérsia e da Mesopotâmia.
Um livro ímpar, que é uma crónica histórica da Antiguidade, ficcionada, que usa como fio condutor o poder dos sentidos e que privilegia o olhar magoado das mulheres e da sua luta pela vida, num mundo em que as «filhas» de Eva eram consideradas pelos homens como mercadoria e seres inferiores aos animais, conceito que perdurará ainda hoje, perpetuado por algumas interpretações fundamentalistas dos livros ditos sagrados.
À luz do Antigo Testamento, Deana Barroqueiro recria de forma irrepreensível e fascinante a vida dos pastores nómadas que formaram as tribos de Judá e Israel, num conjunto de narrativas cheias de erotismo e sensualidade, mas também pontuadas por episódios de violência e tirania.
Acompanhamos as aventuras e desventuras das companheiras de personagens bíblicas famosas –Noé, Abraão, David e Sansão – que, inúmeras vezes, lançaram as suas mulheres, concubinas, mas também irmãs e filhas para os braços dos inimigos para ganharem vantagem ou escapar à morte. São relatos de paixões, vinganças e desejos levados ao extremo, mas também de violência e cobiça, escritor com uma sensualidade e uma elegância sem paralelo.
Os ambientes são recriados com o maior rigor a partir de uma cuidada pesquisa em documentos da época e em obras de História das civilizações pré-clássicas.
Sobre autor:
Nasceu nos Estados Unidos da América, em 1945, e emigrou para Portugal aos dois anos de idade. Licenciou-se em Filologia Românica, na Faculdade de Letras de Lisboa, a que se seguiu uma longa carreira de professora de Língua e Literatura Portuguesa e Francesa, e muitos projectos de Teatro e de Escrita Criativa, com várias obras publicadas. Dotada de uma invulgar capacidade de comunicação, tem um longo currículo de palestras em inúmeros espaços culturais, sobre História e Cultura Portuguesa do Século XV ao XVII, que estuda há três décadas.
Em Novembro de 2003, nos Estados Unidos da América, a escritora recebeu um louvor pela Câmara de Newark, em reconhecimento do seu contributo para a divulgação e promoção da língua e cultura portuguesas entre as comunidades de emigrantes da América, Canadá e Europa.
Enquanto escritora, publicou as seguintes obras: uma colecção de sete romances de viagens e aventuras, Cruzeiro do Sul; os Contos Eróticos do Velho Testamento e os Novos Contos Eróticos do Velho Testamento, o primeiro volume traduzido e editado em Espanha, Itália e Brasil; uma trilogia de romances que abarca toda a Expansão Portuguesa dos séculos XV e XVI, O Navegador da Passagem – Bartolomeu Dias, O Espião de D. João II – Pêro da Covilhã e O Corsário dos Sete Mares – Fernão Mendes Pinto. D. Sebastião e o Vidente que recebeu o Prémio Máxima de Literatura 2007 - Prémio Especial do Júri, antecedendo na temática o romance 1640, publicado em Novembro de 2017, pela Casa das Letras/Leya.
O romance O Corsário dos Sete Mares – Fernão Mendes Pinto foi parcialmente adaptado, por João Botelho, no filme Peregrinação (2017), que foi nomeado para o prémio Sophia da Melhor Adaptação de Obra Literária.
Imprensa:
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