Sobre livro:
«As almas gémeas não são as que se talham no Céu. Mas as que se esculpem uma à outra em alguma parte dos seus abismos.»
Lisboa é a cidade onde ninguém dorme. Nem o narrador desta história surreal. A sua janela dá para a fachada de um edifício de apartamentos de cujos habitantes imagina a vida sexual (até se apaixonar por uma vizinha).
Porém, quando começa a investigar a vida real dessas pessoas - e dessas mulheres -, percebe que a sua imaginação é demasiado pobre em comparação com a realidade; na «cidade que não dorme» o desejo confunde-se com a perdição, o delírio com a abjeção, e não há fronteiras entre sexos nem entre pessoas. Um romance erótico - e pornográfico, brutal, perigoso e inclassificável, onde reconhecemos parte da cidade e dos seus habitantes. Todos os lugares são reais; as personagens, às vezes - mas só às vezes -, são inventadas.
Sobre autor:
José Riço Direitinho nasceu em Lisboa em Julho de 1965, sendo licenciado em Agronomia nas especialidades de Economia Agrária e de Sociologia Rural.
O livro A Casa do Fim marcou, em 1992, a sua estreia literária, tendo publicado depois os romances Breviário das Más Inclinações (finalista do Grande Prémio de Romance e Novela da APE, vencedor do Prémio Ramón Gomez de la Serna) e O Relógio do Cárcere (Prémio Villa de Madrid, entre concorrentes de 26 países).
Viveu em Berlim durante um ano e meio com uma bolsa do Berliner Künstlerprogramm, onde escreveu o livro Histórias com Cidades (publicado em 2001).
Parte das histórias incluídas no presente livro, foram escritas na Ledig House, residência para escritores em Nova Yorque.
Com romances ou contos traduzidos na Alemanha, Holanda, Itália, Espanha, França, Inglaterra e Israel, a sua obra é hoje reconhecida como uma das mais representativas da nova geração europeia.
Imprensa:
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