Nº de Páginas: 412
Sobre a obra:
Tudo se passa há muitos, muitos anos, num local de fronteiras bem diferentes das actuais e marcado por grandes extensões de solo árido. Nalgumas zonas, os aldeões viviam em abrigos, parte dos quais cavados na encosta dos montes, ligados uns aos outros por passagens subterrâneas. Era num sítio assim que habitava o casal de idosos que tem lugar central nesta história: Axl e Beatrice.
Um dia os dois decidiram ter chegado a hora de procurar o filho que há muito não viam e de quem pouco se recordavam. Naquele tempo longínquo esta era uma viagem que, previsivelmente, traria perigos. Mas aquela proporcionou muito mais do que isso. Uma amnésia colectiva parecia ter-se instalado naquela zona, como uma névoa que descera à terra para fazer esquecer em parte o passado, individual e colectivo. Mas a viagem de Axl e Beatrice revela-se um regresso à lembrança. E esta nem sempre deixa um rasto feliz.
Esta é uma história sobre memórias perdidas, amor, vingança e guerra. É ainda uma história que recua ao passado, transportando o leitor para terrenos percorridos por cavaleiros do rei Artur e monges, ogres e dragões. Um dragão em particular - Querig - é o foco das atenções. E, em relação a ele, as missões dividem-se. A diferença entre poupá-lo ou tirar-lhe a vida pouco tem de fantasia. Depois de dez anos sem publicar ficção de fôlego, Ishiguro apresenta-se agora com uma história inesperada que, por certo, fica na memória.
Sobre autor:
Kazuo Ishiguro nasceu em Nagasáqui, Japão, em 1954, e vive na Grã-Bretanha desde os cinco anos. Em 1995 foi feito Oficial da Ordem do Império Britânico, por serviços prestados à literatura, e em 1988 recebeu a condecoração honorífica francesa de Chevalier de L’Ordre des Arts et des Lettres.
A Gradiva tem seis livros do autor editados: Os Despojos do Dia (1989, vencedor do Booker Prize; adaptado ao cinema), Os Inconsolados (1995, vencedor do Cheltenham Prize), Quando Éramos Órfãos (2000, nomeado para o Booker Prize), Nunca me Deixes (2005, nomeado para o Booker Prize; adaptado ao cinema), Nocturnos (2009) e O Gigante Enterrado.
É o vencedor da edição de 2017 do Prémio Nobel da Literatura.
Imprensa:
«Kazuo Ishiguro é um génio original e extraordinário.»
New York Times
«O melhor e mais original escritor da sua geração.»
Susan Hill, Mail on Sunday