Quetzal Editores | "Os Detetives Selvagens" de Roberto Bolaño

P.V.P.: 21,96 € 
(à data da publicação deste post)
Nº de Páginas: 792


Sobre a obra:
Arturo Belano e Ulisses Lima, os detetives selvagens, saem em busca das pegadas deixadas por Cesárea Tinajero, a misteriosa escritora desaparecida no México nos anos que imediatamente se seguiram à revolução. Essa busca - a viagem e as suas consequências - desenrola-se ao longo de 20 anos (de 1976 a 1996), o tempo canónico de qualquer errância, e bifurca-se através de múltiplas personagens e de múltiplos continentes, num romance em que há de tudo: amores e mortes, assassínios e passeios turísticos, manicómios e universidades, desaparecimentos e aparições. Os cenários são o México, a Nicarágua, os Estados Unidos, França, Espanha, Áustria, Israel, África, territórios por onde passa a demanda destes detetives selvagens, poetas «desesperados» e traficantes ocasionais. 


Entre as personagens destacam-se um fotógrafo espanhol no nível mais desesperado do desespero; um neonazi borderline; um toureiro mexicano aposentado que vive no deserto; uma estudante francesa leitora de Sade; uma prostituta adolescente em fuga permanente; um editor mexicano perseguido por pistoleiros a soldo.

Sobre autor:
Roberto Bolaño nasceu em 1953, em Santiago do Chile, filho de pai camionista e de mãe professora. A sua infância foi vivida em várias cidades chilenas (Valparaíso, Quilpué, Viña del Mar ou Cauquenes) e a passagem pela escola atormentada pela dislexia. Aos quinze anos a família mudou-se para a Cidade do México. Durante a adolescência leu vorazmente, escreveu poesia - e abandonou os estudos para regressar ao Chile poucos dias antes do golpe que depôs Salvador Allende. Ligado a um grupo trotsquista, foi preso pelos militares e libertado algum tempo depois. De volta ao México, fundou com amigos o Infrarrealismo, um movimento literário punk-surrealista, que consistia na «provocação e no apelo às armas» contra o establishment das letras latino-americanas e suas figuras de proa, de Octavio Paz a García Márquez. Nos anos setenta, Bolaño vagabundeou pela Europa - lavou pratos em restaurantes, trabalhou nas vindimas ou como guarda-nocturno de parques de campismo -, após o que se instalou em Espanha, na Costa Brava, com a mulher e os dois filhos. Aí, dedicou os últimos dez anos da sua vida à escrita. Fê-lo febrilmente, com urgência, até à morte (em Barcelona, em Julho de 2003), aos cinquenta anos.
A sua herança literária é de uma grandeza ímpar, sendo considerado o mais importante escritor latino-americano da sua geração - e da actualidade. Entre outros prémios, como o Rómulo Gallegos ou o Herralde, Roberto Bolaño já não pôde receber o prestigiado National Book Critics Circle Award, o da Fundación Lara, o Salambó, o Ciudad de Barcelona, o Santiago de Chile ou o Altazor, atribuídos a 2666, unanimemente considerado o maior fenómeno literário da última década.

Imprensa:
-

Enviar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem