Nº de Páginas: 192
Sobre a obra:
Depois de Eu, do Nada, livro que nasceu como “resposta” a uma crónica de Miguel Esteves Cardoso, Isabel Tallysha-Soares publica Da Gaveta. A sua segunda obra está disponível a partir de hoje (em formato físico e digital) na livraria virtual Wook, na Bertrand.pt, no Espaço Professor da Porto Editora e agora também nas livrarias Bertrand (por encomenda).
Junto da gaveta onde reencontra a memória da sua mãe, com quem mantém uma grande proximidade emocional, a protagonista procura compreendê-la e adaptar-se ao vazio deixado pela sua morte, enquanto revisita o próprio passado em busca de respostas sobre o presente. Insatisfeita e pejada de dúvidas, parte rumo a um destino sem nome na expetativa de encontrar a sua identidade, superar o luto e renascer.
Prescindindo de nomes e percorrendo uma geografia emocional sem mapa definido, Isabel Tallysha-Soares apresenta um romance em que apenas a busca da verdade sobre nós mesmos importa.
Onde os nomes não interessam, a geografia é um estado mental e a mãe vive numa gaveta, ela parte para parte incerta apenas para obedecer à voz que a chama sem que saiba para onde. Na bagagem leva a chave do gavetão que a aguarda quando o fim chegar. Conhece-o a ele, que talvez seja quem a chame desde sempre, num país de vivos que cultivam mortos. Desce às profundezas da terra procurando-se a si própria. Resgata-se e quando deixa de pensar na chave do gavetão e na gaveta onde a sua soberba mãe habita, descobre, por fim, quem a chama.
Da Gaveta é um romance sobre procuras e encontros, uma viagem pessoal em busca da identidade própria e uma reflexão sobre dicotomias inultrapassáveis: passado e presente, Oriente e Ocidente, vida e morte. Quando as regras são quebradas e a liberdade é a meta suprema, não precisamos de nomes nem de pontos cardeais para chegarmos ao que interessa, a verdade de nós. E a verdade é tão fácil...
Sobre autor:
Isabel Tallysha-Soares não nasceu nesta língua. Aprendeu-a às pressas em velhos volumes da Nau Catrineta tomados de tempo e guardados num armário livreiro com vidraças forradas a carmesim. Decorou Pessoa e leu Eça na obrigação da aprendizagem de uma língua estranha e circunvolutória. Fez-lhe as pazes no Ramalho de John Bull percebendo, por fim, que esta é uma língua de sol e Meridião, que tanto escreve o tudo como o Nada, o Nada que, publicado, lhe deu ânimo para tirar outras coisas Da Gaveta.
Imprensa:
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