Nº de Páginas: 240
Sobre a obra:
Romance escrito em tom confessional e vagamente autobiográfico, A Porta narra a estreita relação que se estabelece entre duas mulheres na Hungria dos anos do pós-guerra: Magda, uma jovem escritora, e a sua empregada, Emerence, uma camponesa analfabeta.
Magda, até então impedida de publicar, é politicamente reabilitada pelo regime, e torna-se escritora a tempo inteiro, alcançando, aos poucos, o merecido sucesso e reconhecimento social.
Ao mudar-se para um apartamento maior, emprega Emerence para a ajudar com as lides domésticas. Esta é uma figura enigmática, respeitada e quase temida pela vizinhança, sobre a qual exerce uma autoridade natural, embora ninguém conheça verdadeiramente o seu passado ou vida privada. A porta de sua casa está sempre fechada.
A inesperada e dramática doença do marido de Magda reforçará a ligação e intimidade entre as duas mulheres, as quais, não obstante as enormes diferenças que as separam, estabelecem uma insólita relação de dependência e confiança mútua, que fará Emerence abrir a porta de sua casa a Magda, revelando-lhe os segredos de um passado traumático, ao mesmo tempo que precipita um final trágico na sua relação.
Nova tradução, feita diretamente do húngaro pelo reconhecido escritor e ensaísta Ernesto Rodrigues.
Sobre autor:
Magda Szábo (1917 – 2007), foi uma escritora húngara e uma das vozes mais importantes da Literatura europeia do século XX, nasceu em Debrecen, no seio de uma família protestante.
Estuda Latim e Húngaro na Universidade da sua cidade natal e trabalha como professora durante o período de ocupação alemã e soviética do país.
Publica dois livros de poesia e é galardoada com o Prémio Baumgartner, em 1949. Será, porém, logo a seguir, declarada inimiga do Estado por não se conformar com o estilo do Realismo Social imposto pelo regime e impedida de publicar durante dez anos.
Retomará a carreira literária em 1958, com o romance Freskó (Fresco), e alcança finalmente a merecida projeção internacional com a publicação do romance A Porta (1987).
A obra de Magda Szabó está traduzida em mais de 30 línguas e foi distinguida com inúmeros prémios internacionais.
Além de A Porta, estão em vias de publicação, pela Cavalo de Ferro, os romances da autora Rua Katalin e A Balada de Iza.
Imprensa:
«Um romance que altera o modo como entendemos a nossa própria vida. Uma obra de grande honestidade e delicadeza que expõe a complexa inadequação da comunicação humana, ao mesmo tempo que evoca a agonia da história recente da Hungria.»
The New York Times
«Uma obra de arte. Um dos triunfos alcançados por Szabó foi ter escrito uma obra profundamente política, enraizada na vida doméstica»
London Review of Books