Nº de Páginas: 314
Sobre a obra:
Com o olhar perdido nas águas escuras do Douro, Sara volta a chorar a sua dor. Acredita que jamais conseguirá ultrapassá-la, tal é o sofrimento que carrega dentro de si. Acredita, também, que nada nem ninguém a poderá libertar do eterno pesadelo que a abalroou há dez meses atrás. Deus! Sofrera inúmeras perdas ao longo da vida, mas nada tão atroz quanto esta. É como se o chão se tivesse aberto e engolido o seu mundo mais que perfeito. Como se ela mesma tivesse sido engolida e ficado presa numa outra dimensão, sombria, onde não existe dia, nem esperança, nem vida… nem amor. E poderia ser eternamente assim… se a própria vida não tivesse os seus mistérios, não soubesse destruturar o que humanamente se dá como absoluto.
E ficaria doentiamente assim… a viver aquela dor incomensurável, se ao entrar naquele elevador não estivesse a atravessar as portas do seu destino. E morreria certamente assim… vazia, sem luz própria, sem rumo, se ao abrir os olhos, naquela cama de hospital, não tivesse diante de si o homem mais perturbador de toda a sua história ancestral. - Quem é o senhor? - pergunta ela, por fim. - Guilherme - apresenta-se, estendo-lhe a mão. - Guilherme Ventura. - O pai da Inês!? - exclama. - Sim. - Foi o senhor que… - Fui. - Oh, céus… - murmura. "Isto não me está a acontecer!"
Sobre autor:
-
Imprensa:
-
Tags:
Novidades