Editorial Presença | Opinião - "Aqueles que merecem morrer" de Peter Swanson


mais informação acerca do livro neste link

Opinião:
Peter Swanson, mas que bela surpresa que a Editorial Presença nos trouxe! Falando um pouco sobre o trabalho do autor. Este livro é o segundo do autor, mas ainda assim o primeiro publicado em Portugal. Por curiosidade, fui surfar um pouco pela web e já fiquei desejoso que “Her Every  Dear” (terceiro livro do autor, publicado recentemente) seja publicado pela Editorial Presença em  Portugal. Também descobri que o autor está a trabalhar num quarto livro, de título “all the beautiful lies”, com data prevista de publicação a 3 de Abril de 2018. Portanto, olhando para “Aqueles que merecem morrer” creio que nós, leitores, merecemos os seguintes livros cá.



Ao ler um título “Aqueles que merecem morrer” pensei que aquilo seria uma espécie de serial killer que ia punir determinado tipo de pessoas, e com um olho na capa, dei asas à criatividade e imaginei arrancar olhos e castigos macabros. Não foi bem assim. Aliás, nem nada que se assemelhe, ou não, porque ali acaba por haver coisas bem macabras. Já nem sei, fica ao vosso critério e julgamento. 
Peter Swanson traz-nos um livro dividido em 3 partes, com capítulos curtos narrados por segundo a perspetiva de cada personagem. Isto é ótimo, não só porque vamos descobrindo um pouco mais sobre cada uma das personagens segundo os olhos dos outros. Basicamente andamos em torno de Ted, Miranda, Lily e Brad, até à entrada do detetive Kimball que depois se acaba por juntar à festa. Sim, o livro acaba por se tornar numa festa, pois apesar de não nos cativar até bem perto do final da primeira parte, recomendo-vos a resistir à vontade de o pousar. Pensem na escrita simples e fluída que o autor tem, não fiquem indiferentes à forma como o autor nos transmite as emoções de ansiedade, tensão, nervosismo, crueldade, etc… pois vão ver que vai valer a pena. Deixem-se levar, entreguem-se ao livro. Custou, mas em pensamento ia levando uns calduços, se numa primeira parte estes serviam para me forçar a continuar a leitura, numa segunda parte eras pelas maravilhosas reviravoltas com que me ia deparando. 

Eu, criei mais empatia com Miranda, e poucos vão compreender, mas ali uma referência que ela faz a um filme que me fez gostar dela como personagem, não sei, mas apesar de Lily ter um passado complicado, crescendo na presença de amantes e orgias dos seus pais, não consegui gostar dela por vez alguma. Gostava de visto outro final no livro, porque levei assim um soco no estômago de cortar a respiração e fiquei passado a interrogar-me como poderia ser assim, até chegar mesmo às últimas das últimas linhazitas e perceber que havia luz ao fundo do túnel para aquele final que eu gostava de ler. 

Eu lamento mesmo não poder detalhar nadinha de nada, sobre isto ou aquilo nas personagens, mas se o fizer, estou seguro de que estarei a desvendar demasiado. Apenas posso dizer que todas as personagens acabam por ser uns autênticos bad mother f*k#rs. Não temos aqueles heróis salvadores do mundo, mas aqueles que matam para salvar e ajudar os outros também são vistos por esses como seus heróis, não é verdade? Então aqui temos heróis de relações, de vinganças e coisas afins, agora pensem!

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