Nº de Páginas: 208
Sobre a obra:
A sua escrita é comparada à de um Poe do século XXI, à de Bolaño e Cortázar. Com eles partilha temas e, sobretudo, universos inquietantes, sombrios, em que o leitor perde rapidamente o pé e é arrastado para regiões malévolas que o vão assombrar, insidiosamente, durante muito tempo. Mariana Enriquez cruza magistralmente a grande tradição latino-americana com uma voz muito própria - que é feroz, visceral, feminista, política e humorística.
«Olhou para ele como uma bruxa, como uma assassina, como se tivesse poderes. O motorista deixou-a sair e ela foi a correr até às árvores. Desapareceu numa nuvem de terra quando o autocarro voltou a arrancar. Jamais esqueceremos aquele olhar e aquela rapariga. Não tinha mala nem mochila. Estava vestida com uma roupa demasiado fresca para as noites de outono.»
Respondendo ao estrondoso êxito internacional do livro, a autora está atualmente na Europa, numa tournée literária, com paragem em Lisboa no início de junho, para encontros com leitores e jornalistas.
Nestas narrativas do macabro, selvagens, imaginativas e diabolicamente ousadas, Mariana Enriquez, dá uma vida vibrante à Argentina contemporânea, e torna-a num lugar em que a desigualdade, violência e corrupção constituem a lei, e a ditadura militar e milhares de «desaparecidos» se agigantam na memória coletiva.
Mariana Enriquez tem sido comparada a Shirley Jackson e Julio Cortázar.
A par da magia negra e dos inquietantes desaparecimentos, estas histórias alimentam-se da compaixão pelos atemorizados ou perdidos, acabando por trazê-los para realidades surpreendentes. Escrito numa prosa hipnótica, As Coisas que Perdemos no Fogo, é uma exploração poderosa do que acontece quando deixamos à solta os nossos desejos mais obscuros e assinala a chegada de uma voz surpreendente e necessária à ficção contemporânea.
Sobre autor:
Mariana Enriquez nasceu em Buenos Aires em 1973. Estudou jornalismo na Universidade de La Plata e dirige o suplemento cultural Radar do jornal Pagina 12. Publicou três romances, o primeiro com 22 anos, e uma recolha de histórias – algumas delas também em revistas estrangeiras, como a Granta, a McSweeneys’s ou a New Yorker. As Coisas que Perdemos no Fogo será publicado em mais de vinte idiomas e é a estreia literária de Mariana Enriquez em Portugal.
Imprensa:
«Uma brecha através da qual a irracionalidade brilha e onde corpos se entregam às suas excreções e palpitações.» Beatriz
Sarlo
«Breve e fenomenal. Beleza e corrupção enredam-se e transformam-se nos nossos pensamentos e temores mais negros.»
Vanity Fair
«Desconcertante na habilidade com que tira o tapete ao leitor. Histórias sobre os terrores que espreitam a cada esquina e a cada dia.»
Kirkus
«Mariana Enriquez é uma escritora hipnotizante que deve ser lida.»
Dave Eggers
«A sua literatura provoca um impacto físico que é difícil encontrar noutra ficção.»
Ezequil Acuña, Pág. 12