Quetzal | "O Espírito da Ficção Científica" de Roberto Bolaño

P.V.P.: 14,94 € 
(à data da publicação deste post)
Nº de Páginas: 224

Sobre a obra:
Apesar da sua pequena dimensão, O Espírito da Ficção Científica - que o autor escreveu durante os anos 80, ficando inédito até hoje - é uma história fundamental para toda a obra de Roberto Bolaño: de certa maneira, trata da adolescência das personagens que, depois, hão de aparecer em Os Detetives Selvagens, em 2666 e também na sua própria poesia. 
A história (que começa com uma entrevista absurda e muito álcool) passa-se durante os anos 70 e contém muitas referências a acontecimentos políticos e culturais da época, narrando a vida de Jan e de Remo, jovens escritores que tentam viver apenas da literatura numa cidade fervilhante, mágica, e cujas noites se prolongam demasiado, México DF.

O Romance narra, também, os sonhos dos protagonistas, os seus anos de formação, a sua iniciação sexual, as suas pesquisas detectivescas (em busca de uma misteriosa escritora e musa da ebulição literária da Cidade do México). A parte final trata das experiências amorosas e obscenas de Remo e de Laura, personagens que frequentam as casas de banho públicas da cidade.

Sobre autor:
Roberto Bolaño nasceu em 1953, em Santiago do Chile, filho de pai camionista e de mãe professora. A sua infância foi vivida em várias cidades chilenas (Valparaíso, Quilpué, Viña del Mar ou Cauquenes) e a passagem pela escola atormentada pela dislexia. Aos quinze anos a família mudou-se para a Cidade do México. Durante a adolescência leu vorazmente, escreveu poesia - e abandonou os estudos para regressar ao Chile poucos dias antes do golpe que depôs Salvador Allende. Ligado a um grupo trotsquista, foi preso pelos militares e libertado algum tempo depois. De volta ao México, fundou com amigos o Infrarrealismo, um movimento literário punk-surrealista, que consistia na «provocação e no apelo às armas» contra o establishment das letras latino-americanas e suas figuras de proa, de Octavio Paz a García Márquez. Nos anos setenta, Bolaño vagabundeou pela Europa - lavou pratos em restaurantes, trabalhou nas vindimas ou como guarda-nocturno de parques de campismo -, após o que se instalou em Espanha, na Costa Brava, com a mulher e os dois filhos. Aí, dedicou os últimos dez anos da sua vida à escrita. Fê-lo febrilmente, com urgência, até à morte (em Barcelona, em Julho de 2003), aos cinquenta anos.
A sua herança literária é de uma grandeza ímpar, sendo considerado o mais importante escritor latino-americano da sua geração - e da actualidade. Entre outros prémios, como o Rómulo Gallegos ou o Herralde, Roberto Bolaño já não pôde receber o prestigiado National Book Critics Circle Award, o da Fundación Lara, o Salambó, o Ciudad de Barcelona, o Santiago de Chile ou o Altazor, atribuídos a 2666, unanimemente considerado o maior fenómeno literário da última década.

Imprensa:
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