Nº de Páginas: 165
Sobre a obra:
Este livro é uma extraordinária exploração das Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, à luz dos parâmetros machadianos (o «ímpeto cesariano» e a «flor da melancolia»), e através do olhar original e inovador de Anabela Mota Ribeiro.
O que começou por ser um trabalho académico na área da Filosofia, tornou-se um texto de grande beleza e interesse para um público muito mais vasto, ou seja, todos os que alguma vez foram – ou venham a ser – leitores de Machado de Assis ou sejam tocados pela magia da literatura em geral.
«Onde começa e onde acaba o mundo de Brás Cubas, o «defunto autor» que nos fala a partir do mundo dos mortos? A delimitação imprecisa e constantemente sabotada do fio do horizonte, da ideia de princípio e de fim, é um dos aspetos mais desafiadores do livro. Ao falar de um lugar impossível, Brás Cubas desarruma uma ideia de mundo que nos é inculcada, abre espaço para a interrogação sem limites.»
Diz Gonçalo M. Tavares sobre A Flor Amarela:
«Sedução em itinerário machadiano; ao leitor é exigida comparência, alegre atenção; o debruçar sobre o texto, corpo que se inclina porque é constantemente puxado. Texto que leva atrás de si o leitor. Opção pelo belo, pelo caminho não necessariamente útil ou rápido; ser encantado não é uma escolha, mas uma forma de cair, um modo elegante de tropeçar.»
Excerto do prefácio de Abel Barros Baptista:
«E se se seguir com atenção o movimento da figura da flor amarela, tanto nas Memórias póstumas como no ensaio de Anabela Mota Ribeiro, talvez se aceite ou comece a aceitar que afinal o próprio livro de Brás Cubas procura responder a essa mesma pergunta: quando começou Brás Cubas a morrer? E assim se chegaria ao paradoxo fascinante da autobiografia, afinal narrando a vida com o propósito sublime de delimitar o começo da morte.»
Sobre autor:
Anabela Mota Ribeiro nasceu no mesmo dia de Brás Cubas, 20 de outubro, em 1971 (o personagem de Machado de Assis nasceu em 1805). É licenciada e mestre em Filosofia, pela Universidade Nova de Lisboa.
Jornalista freelance, colaborou com diversos jornais e revistas. Atualmente, e desde 2008, escreve para o Público. O género a que mais se tem dedicado é a entrevista.
Trabalhou em rádio e em televisão, como autora e apresentadora. Organiza e modera debates sobre livros. É curadora da Folia (do Folio – Festival Literário Internacional de Óbidos).
Publicou os livros O Sonho de Um Curioso (2003), com 14 entrevistas, Este Ser e não Ser – Cinco Conversas com Maria de Sousa (maio de 2016), Paula Rego por Paula Rego (novembro de 2016).
Desde 2013 que disponibiliza o seu arquivo, com centenas de artigos, no blog http://anabelamotaribeiro.pt.
Imprensa:
-