Nº de Páginas: 200
Sobre a obra:
Tinha apenas cinco minutos, numa crónica matinal de domingo para a Radiodifusão Portuguesa, entre 1977 e 1978. Mas eram cinco minutos em que Fernando Assis Pacheco conseguia falar do futebol de botões da sua infância, do dia em que se foi casar de bicicleta, lançar adivinhas, pensar um país onde só agora a luz eléctrica chegava a alguns sítios e deixar-se levar com o ouvinte pela «vida, a vida insidiosa e metediça, a vida piolho na costura, comichão na pele, assombração inesperada, sempre a electrizar-nos».
Algumas destas crónicas chegam ao livro directamente a partir do arquivo áudio da RDP, outras estavam dactilografadas, prontas para a leitura semanal, todas feitas com o mesmo cuidado aplicado pelo autor à prosa, à poesia ou ao trabalho nos jornais. E juntas vão celebrar e assinalar o dia em que, quase 40 anos depois de terem ido para o ar, Fernando Assis Pacheco faria 80 anos.
Sobre autor:
Poeta, ficcionista e crítico literário, licenciado em Filologia Germânica pela Universidade de Coimbra, onde, ainda estudante, participou em atividades teatrais, Fernando Assis Pacheco dedicou-se ao jornalismo, como colaborador de África, Bandarra, Cabo Verde, Caliban, Diário de Lisboa, Fenda, Nova, O Jornal, Sílex ou Vértice e coordenador do Jornal de Letras, Artes e Ideias, desenvolvendo ainda a atividade de tradutor (traduziu, entre outros, Gabriel Garcia Márquez e Pablo Neruda). A sua poesia, marcada, nos primeiros volumes, pela experiência traumatizante da guerra colonial, insere-se numa tendência realista, onde a denúncia social acolhe as inovações do experimentalismo e da pesquisa linguística.
Imprensa:
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