Nº de Páginas: 184
Sobre a obra:
Em Março de 1916 foi fundado em Portugal o Ministério do Trabalho e Previdência Social, que antes e depois dessa data enfrentou diferentes tipos de oposição e de defesa, passou por uma extinção e apresentou diferentes modelos estruturais antes de chegar ao actual.
Implantou-se na conjuntura da I Guerra Mundial, desenvolveu-se em linha com o consenso internacional do primeiro pós-guerra em torno da «questão social», e respondeu a um novo dinamismo do movimento operário. O Ministério do Trabalho, agora com 100 anos — comemoração a que se associa este livro —, atravessou a instabilidade da I República, andou entre o sidonismo e a escalada de Monsanto, e fixou, logo nesses primeiros tempos, as primeiras linhas de leis fundamentais, como as oito horas de trabalho diário ou os primeiros passos dos bairros sociais. É essa memória colectiva que aqui se regista.
Sobre autor:
Maria Alice Samara nasceu em Lisboa, em Abril de 1974. É doutoranda e investigadora do Instituto de História Contemporânea da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. O seu trabalho tem-se focado sobre diversos temas relacionados com a Primeira República, destacando-se as seguintes obras publicadas: «Sidónio Pais», Fotobiografias do Século XX (coordenação de Joaquim Vieira), Lisboa, Círculo de Leitores, 2002; «Verdes e Vermelhos. Portugal e a Guerra no Ano de Sidónio Pais», Lisboa, Editorial Notícias, 2003 (Prémio Fundação Mário Soares 2003); «Operárias e Burguesas. As Mulheres no Tempo da República», Lisboa, Esfera dos Livros, 2007.
Historiador português, nasceu em 1946, em Lisboa, tendo-se doutorado em História Económica e Social Contemporânea pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. É, desde 1996, professor agregado de História Portuguesa Contemporânea na mesma universidade.
Oriundo de uma família de tradições republicanas, ele próprio um cidadão publicamente empenhado na defesa de ideias de justiça e igualdade social, o seu interesse enquanto investigador voltou-se para a História do Estado Novo. É hoje unanimemente considerado um dos maiores especialistas portugueses neste período histórico, sendo consultor da Fundação Mário Soares e de várias estações de televisão e rádio. É ainda director da revista História e presidente do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa, onde coordena várias iniciativas científicas no âmbito da cooperação deste instituto com diversas instituições.
De salientar na sua vasta produção: "As Primeiras Eleições Legislativas sob o Estado Novo", "O Salazarismo e a Aliança Luso-Britânica", "Salazar e o Salazarismo" e "Armindo Monteiro e Oliveira Salazar - correspondência política, 1926-1955".
Imprensa:
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