Nº de Páginas: 872
Sobre a obra:
O que nos motiva verdadeiramente? O que nos leva a optar por um caminho em detrimento de outro? De que futuros abdicamos pelo simples facto de termos apenas uma vida para viver?
No dia 3 de março de 1947, na maternidade do hospital Beth Israel em Newark, New Jersey, nasce Archibald Isaac Ferguson, filho único de Rose e Stanley Ferguson. Uma só criança a quem são dados quatro caminhos ficcionais diferentes, quatro direções possíveis. Uma pessoa que se desdobra em quatro, para assim viver quatro vidas paralelas e absolutamente diferentes, mercê das circunstâncias, do acaso, e das escolhas.
Os contrastes entre os quatro Fergusons são evidentes. As distintas relações com a família e as amizades, o amor romântico e as paixões intelectuais percorrem a tumultuosa paisagem da América, entretecendo-se com momentos cruciais da História do século xx. Em comum, o fascínio por uma mulher: a magnífica Amy Schneiderman. Todavia, cada uma das relações entre os quatro Fergusons e Amy é única. E nós, leitores, somos as testemunhas de cada momento de prazer, cada momento de dor, cada lento avançar rumo ao inevitável culminar das suas – de todas – as vidas.
4,3,2,1 é o primeiro romance que Paul Auster escreve em sete anos, e sem dúvida uma das suas obras mais complexas. Uma criação de um autor no auge do seu talento, um testemunho de paixão pelo realismo, pela História e a própria vida. Um tour de force absolutamente inesquecível.
Sobre autor:
Autor de culto, nome cimeiro da atual literatura norte-americana, Paul Auster nasceu em Newark em 1947.
Escritor de romances sobre almas solitárias, o seu nome é familiar aos devotos da literatura de ficção. A sua obra caracteriza-se por histórias fortes e prosa limpa. O confronto entre o indivíduo e o vazio, o poder da contingência, a natureza da solidão e memória são alguns dos temas abordados nos seus romances. A narração é geralmente levada a cabo por personagens cuja perturbação vai aumentando à medida que a ação se desenvolve. Realismo, fantasia, acaso e potencialidades realizadas e irrealizáveis vão-se fundindo de forma indestrinçável.
Viveu durante quatro anos em França, daí a sua proximidade à literatura francesa. É confesso admirador de André Breton, Paul Éluard, Stéphane Mallarmé, Sartre e Blanchot, alguns dos quais traduziu para a língua inglesa. O seu gosto pela tradução é muitas vezes referido pelo próprio, que aconselha os jovens escritores a traduzir poesia para entenderem melhor o significado intrínseco das palavras. Além destes autores, Paul Auster refere ainda como suas influências Dostoiévski, Ernest Hemingway, F. Scott Fitzgerald, Faulkner, Kafka, Hölderlin, Samuel Beckett e Marcel Proust.
Paul Auster também se dedicou ao cinema e em 1998 realizou o seu primeiro filme a solo "Lulu on the Bridge", com argumento seu. Em 2006 rodou o filme, "The Inner Life of Martin Frost", produzido por Paulo Branco. Paralelamente à carreira de escritor, entre 1986 e 1990 ensinou escrita criativa na Universidade de Princetown, em Nova Iorque. Em 1993 foi nomeado em França Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras e nesse mesmo ano ganhou o Prémio Médicis para Literatura Estrangeira. Em 2006 foi-lhe atribuído o Prémio Príncipe de Astúrias das Letras.
Paul Auster é escritor, argumentista, tradutor, ensaísta, realizador, marinheiro, inventor de um curioso jogo de cartas e muito mais. É considerado um nome cimeiro da literatura dos nossos dias. A sua obra encontra-se traduzida em qumais de quarenta línguas.
Imprensa:
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