Nº de Páginas: 192
Sobre a obra:
Como são preparadas as reportagens? Como são sentidas pelos repórteres? Que contrariedades enfrentam?
Vinte e quatro jornalistas de várias gerações oferecem-nos um relato vivo sobre o que acontece no terreno, dando-nos a conhecer melhor uma profissão que, numa época de informação fácil e barata, mas ao mesmo tempo tão perigosamente manipulável, nunca foi tão importante para a democracia. José Pedro Castanheira conta-nos como descobriu num português um dos primeiros terroristas recrutados pela Al Qaeda provando que um jornalista está disposto a ir até ao fim do mundo por uma boa história. Cândida Pinto recorda como, na Líbia em 2011, dispensar o colete antibala, num dia em que os termómetros atingiam os 40 graus, lhe podia ter custado a vida. Será sempre difícil explicar a um irmão (como tentou Sofia Lorena), ou a qualquer outra pessoa, porque é que o jornalista tem de correr para os lugares de onde todos os outros fogem. A única resposta é: por ser jornalista. Vítor Serpa devia ter sido "apenas" o correspondente que cobria as provas de natação na Argentina, em 1982, mas acabaria a reportar o ambiente de guerra criado pelo conflito entre a Argentina e o Reino Unido por causa das Malvinas. As fotografias de Mário Cruz, vencedor do World Press Photo, atestam o tanto que uma boa reportagem tem a fazer pelo mundo. Por sua conta e risco, registou as crianças acorrentadas no Senegal. O que gravou com a sua máquina fotográfica serve hoje para o governo combater este tipo de opressão. Tudo por Uma Boa História é uma travessia original pelo que de melhor se faz no jornalismo em Portugal. O leitor encontrará aqui dúvidas, angústias, medos, mas também conquistas, prazer e sabedoria, pela voz dos que vivem de contar o mundo aos outros.
Sobre autor:
Sofia Branco nasceu perto do mar, frio e revolto, na Póvoa de Varzim, onde regressa sempre que pode. Jornalista, nada lhe dá mais prazer do que escrever, contar histórias, ouvir o que cada pessoa tem para dizer. A vida trouxe-lhe muitas ondas, o curso em Coimbra, o estágio no Porto, o primeiro emprego em Lisboa, onde, à exceção de um ano no estrangeiro para fazer um mestrado em Direitos Humanos, vive desde então, sem nunca perder o sotaque, nem a têmpera do Norte. É feminista e ativista por um mundo mais justo e paritário, onde a História seja feita do relato de homens e mulheres.
Anabela Natário nasceu em Lisboa, em 1960, na única freguesia com o nome de dois santos, São Cristóvão e São Lourenço. Fez o liceu em Sintra e o curso de jornalismo na capital. É jornalista desde 1981. Começou no Correio da Manhã, passou pela Agência Lusa, foi fundadora e grande-repórter do Público, fundadora e editora de Política do 24Horas, adjunta do Supremo Tribunal de Justiça e diretora do Courrier Internacional, depois de ter criado uma empresa inovadora de venda de prosa à medida, a Énetextos, Caracteres Efervescentes, cujo slogan era «Da Carta de Amor ao Jornalismo». Ao longo dos anos, colaborou com muitos outros órgãos de Comunicação Social, incluindo a televisão. Neste momento, é editora do Online do jornal Expresso. Publicou a primeira ficção A Cueca Bibelô, pela Sinapses que apenas se dedicava ao circuito da internet, em 2007, e, no ano seguinte, uma coleção de seis livros com 177 biografias de mulheres, denominada «Portuguesas com História» (Círculo de Leitores/Temas & Debates). Em 2012, a Temas & Debates lançou 100 Portuguesas com História.
A curiosidade pelo outro levou-a a estudar na Alemanha ainda adolescente, e mais tarde em Espanha e nos EUA. A mesma curiosidade levou-a até ao jornalismo, amor à primeira vista, depois da licenciatura em Relações Internacionais e do mestrado em Comunicação. Isabel Nery é jornalista na revista VISÃO e coordena um núcleo de Jornalismo e Literatura no Clepul, centro de investigação da Faculdade de Letras. O seu livro de reportagem As Prisioneiras - Mães Atrás das Grades, foi adaptado para a curta-metragem Os Prisioneiros, e a reportagem Vida Interrompida percorreu o país em exposição itinerante (em co-autoria com Marcos Borga). O trabalho de Isabel Nery foi já distinguido com vários prémios, entre eles o Prémio Mulher Reportagem Maria Lamas, o Prémio Jornalismo pela Tolerância, o Prémio Paridade Mulheres e Homens na Comunicação Social, e o Prémio Jornalismo e Integração, da UNESCO. Enquanto investigadora, publicou ensaio e apresentou comunicações em várias instituições portuguesas e estrangeiras, nomeadamente nos EUA e Canadá. Foi uma das jornalistas selecionadas pela Fundação Luso-Americana (FLAD) para o curso de jornalismo no Committee of Concerned Journalists (CCJ), em Washington. Faz parte da direção do Sindicato dos Jornalistas desde Janeiro de 2015.
Imprensa:
-