Data de Edição: 2016
Nº de Páginas: 208
Sobre a obra:
Os Contos da Peste é uma obra dramática inédita de Mario Vargas Llosa inspirada no Decamerón. O contexto base desta obra – a reunião de uns jovens numa moradia nos arredores de Florença, durante a qual contam uns aos outros histórias para se entreterem enquanto a peste assola a cidade – inspirou o Nobel peruano a construir uma peça de teatro em torno do desejo baseada em oito dos contos de Boccaccio.
O humor, o poder da imaginação, o amor – desde o idealizado amor cortês até ao mais carnal – e as relações entre classes sociais são as chaves desta obra que congrega a essência do espírito do Decamerón: a luxúria e a sensualidade exacerbadas pela sensação de crise, de abismo aberto, de fim do mundo.
Uma recriação magistral de um clássico da literatura europeia.
Sobre autor:
Escritor peruano, nasceu em 28 de Março de 1936, em Arequipa, no Peru. O seu empenho em relação a mudanças sociais é evidente nos seus romances, peças e ensaios. O escritor pertence à escola do realismo mágico e faz parte da explosão de talentos dos anos 60 da literatura latino-americana. Na sua carreira política começou por ser comunista, mas virou-se para a direita. Em 1990 candidatou-se à presidência da República do Peru, sendo vencido pelo candidato Alberto Fugimori. Tem sido criticado por estar à margem da comunidade dos índios Quechua. Vargas Llosa foi educado em Cochabamba, na Bolívia, onde o seu avô era cônsul do Peru. Entrou para a escola militar de Lima em 1950. Trabalhou como jornalista e locutor e frequentou a Universidade de Madrid. Em 1959 mudou-se para Paris, onde viveu até 1966. Depois de viver três anos em Londres, passou a escrever na residência da Universidade estatal de Washington, em 1969. Em 1970 estabeleceu-se em Barcelona. Em 1974 regressou a Lima, leccionando e dando conferências por todo o mundo. Publicou em 1978 uma colecção de ensaios críticos O primeiro romance de Vargas Llosa, A Cidade e os Cães, de 1963, foi muito bem recebido, e está traduzido em mais de uma dúzia de línguas. A acção passa-se no Colégio Militar de Leoncio Prado e descreve a luta dos adolescentes para sobreviver a acontecimentos violentos e hostis. A corrupção na escola reflecte os males que afectam o Peru. O romance A Casa Verde (1966) situa-se na selva peruana e combina os elementos míticos, populares e heróicos para apreender os elementos sórdidos, trágicos e a realidade fragmentada dos seus caracteres. A Cidade e os Cães (1967) é um retrato psicanalítico de um adolescente que foi acidentalmente castrado. Conversa na Catedral (1969) é uma história passada na altura do regime de Manuel Odria (1948-56). O romance Pantaleão e as Visitadoras (1973), constitui uma sátira acerca do regime militar e do fanatismo religioso. A Tia Júlia e o Escrevedor (1977) combina duas narrativas com pontos de vista diferentes, sendo uma obra semi-autobiográfica. Destacam-se, também, A Guerra do Fim do Mundo (1981), História de Mayta (1984), Quem Matou Palomino Molero? (1986), O Falador (1987), Elogio da Madrasta (1988), Lituma dos Andes (1993), Como Peixe na Água (1993), (1997), Cartas a um Jovem Romancista (1997), A Festa do Chibo (2000), A guerra do fim do mundo (2001), A casa verde( 2002), O paraíso na outra esquina (2003), A tia Júlia e o escrevedor ( 2003), Travessuras da menina má (2006), Israel Palestina : paz ou Guerra Santa ( 2007) e Diário do Iraque ( 2007).
Foi-lhe atribuído o Prémio Nobel da Literatura em 2010.
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