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Opinião:
Opinião:
“Naquela Ilha” chegou-me às mãos de forma inesperada, foi uma surpresa quando chego a casa e o tenho à minha espera, cortesia da Marcador, à qual agradeço. Não conhecia a autora, talvez andasse mesmo distraído que nem a associei ao livro d’ ”A menina dos ossos de cristal” que faz parte do PNL.
Giovana é a nossa personagem , com 23 anos, bióloga de formação que vive na companhia do seu Thomas. Com os seus pais fora do país a trabalhar, esta de espírito aventureiro, dedica-se à sua escola de Surf – SurfCastle – em Peniche e que dali não quer arredar pé, nem com a proposta que os pais lhe trazem no regresso de férias. Por essas bandas é uma rapariga muito querida e todos a conhecem, tal como nas Berlengas onde passou grande parte do seu tempo, e ilha esta, onde se irá grande parte da história.
Leonardo, é o novo faroleiro do farol existente nas ilhas Berlengas, com o dobro da idade de apaixonada Giovana, e uma filha enfermeira no hospital, aceita o desafio de faroleiro nas Berlengas. Apresenta-se como uma pessoa calma e pacata, é recebido de forma acolhedora e impreterivelmente é criada uma empatia forte com os habitantes, contudo pouco se aprende ou conhece dele, do passado ou outros detalhes.
Em paralelo, talvez a autora em defesa dos valores e pela actualidade da crise, é gerado um mal entendido por um dos habitantes das Berlengas em casa de Giovana, aquando duma conversa de sobre a crise e dívidas do país por parte do pai dela. Com este mal entendido é criado um exército de popular em defesa dos seus valores, da sua terra, tudo em defesa da suas Berlengas, das suas ilhas.
Logo no início, num certo dia Giovana é salva de afogamento por uma voz misteriosa que lhe ecoa na mente por tempos, até que descubra a quem pertence. É esta a história base do livro, perfeita demais a meu ver, onde a rapariga ouve a misteriosa voz rouca de mel, se apaixona por ela, e acaba por encontrar “o seu dono” e assim fugir para junto dele no farol, que pelos vistos é cheio de mistérios mas que nenhum é contado. Zangam-se, a premonição de Giovana continua presente e o desfecho fica ao critério do leitor. A parte dos habitantes das Berlengas em defesa da sua ilha acho que foi para estratega da autora para estender o livro um pouco mais.
A autora escreve de forma simples e fluída, houve um ou outro capítulo que me fez querer avançar, e outros nem por isso, mas o certo é que li o livro em pouco mais de 5horas. Não posso dizer que não gostei do livro, porque no global gostei, mas por vezes Ana Simão é repetitiva na narrativa, do lado dela, depois do lado dele, e isso é demais para aquilo que eu gosto de ler. Tem um estilo pouco comum de escrita que não me apaixona. Não achei que Giovana e as outras personagens, tivessem sido aprofundadas o suficiente para dizer que adorei ou detestei, dos cenários também posso dizer o mesmo. Como tal, reforço, não adorei nem detestei o livro, foi um livro e um bom bocado de tempo dedicado a ele, nutriu uma experiência diferente, mas continua este a ser um género que não me convence nem e me apaixona.