Data de Edição: 2016
Nº de Páginas: 256
Uma Rapariga É uma Coisa Inacabada venceu diversos prémios: Baileys Women's Prize for Fiction, Goldsmiths Prize, Kerry Group Irish Novel of the Year Award Desmond Elliott Prize e Geoffrey Faber Memorial Prize.
Sobre a obra:
Galardoado com diversos prémios e considerado logo como um clássico, Uma Rapariga É Uma Coisa Inacabada, um romance breve mas intenso, dá-nos o retrato nu do relacionamento de uma jovem com o seu irmão, e da longa sombra projetada, nas suas vidas, pelo tumor cerebral de que ele padece e pela família profundamente disfuncional em que vivem.
Narrado na primeira pessoa por esta rapariga sem nome, numa espécie de fluxo de consciência repleto de elipses e incoerências, que reflete o estado de quebra emocional da narradora, este é o romance de estreia de Eimear McBride, escritora irlandesa, considerada por muitos críticos a grande revelação de língua inglesa da última década. Ler este livro é mergulhar na mente da narradora, sentir a vida em bruto, tal como ela a atravessa. Nem sempre é uma experiência confortável - mas é decerto uma descoberta.
«Eu acho o teu rosto o melhor que há. Quando éramos nós éramos nós éramos novos. Quando eras pequenino e eu uma menina. Era uma vez. Vou lembrar-te lembra-te bem. Agora. Não nessa altura. E eu ajoelho-me sobre a tua cama tranquila. Beijo a tua cara. Saio do quarto. Eu vou. Dormir. Tal como tu.»
Sobre autor:
Filha de irlandeses, nasceu em 1976 em Liverpool, mas a família regressou à Irlanda quando Eimear ainda era criança. Escreveu um só romance, que demorou nove anos a publicar depois de o ter enviado para dezenas de editoras, sem receber resposta.
Uma Rapariga É Uma Coisa Inacabada foi imediatamente aclamado e considerado um clássico aquando da publicação numa pequena editora, o que lhe garantiu o convite imediato para ser representada por Andrew Wylie e a consagração enquanto grande revelação literária dos últimos anos. Mais sobre a autora em: eimearmcbride.com
Imprensa:«Um futuro clássico. […] Inevitavelmente comparável ao cânone irlandês - os monólogos de Beckett, o solilóquio de Molly Bloom de Joyce em Ulisses, e a prosa ontogenética de Retrato do Artista quando Jovem - e às vanguardistas britânicas e irlandesas: Edna O’Brien, Virginia Woolf, Ann Quin.»
Joshua Cohen, New York Times
«Eimear McBride é uma espécie em vias de extinção: um génio. O leitor ousado irá perceber que tem nas mãos um livro a sério, vivo, um livro como nenhum outro.»
Anne Enright, vencedora do Man Booker Prize
«Um livro notável. […] A linguagem é desconstruída com engenho para tornar novas e estranhas experiências que nos são familiares, mas existe nessa desordem vitalidade, e até um certo agrado. McBride vai mais longe do que Beckett naquilo a que o próprio chamou "sintaxe da fragilidade".»
The New York Review of Books
«Um romance fulgurante e original.»
James Wood, The New Yorker