Fado Alexandrino (Ed. Comemorativa) de António Lobo Antunes

P.V.P.: 17,91 € 
Data de Edição: 2013
Nº de Páginas: 240
Editora: Dom Quixote

Sobre a obra:
Narra o regresso e reencontro de quatro ex-combatentes da guerra colonial, o modo como a vida se lhes transtornou e se destruiu. A história prende a atenção pela narrativa articulada, por vezes irresistivelmente divertida, em que personagens e caracteres convincentes, bem desenhados, vivem uma intriga de acontecimentos múltiplos e surpreendentes peripécias de timbre trágico e cómico, do quotidiano banal ao sucesso mais insólito.
Sobre autor:
Escritor português nascido em 1942, em Lisboa.Ficcionista e autor de alguns ensaios literários que equacionam a análise psicológica com a criação artística. Formado em Medicina Psiquiátrica, exerceu actividade clínica durante a guerra colonial em Angola, e, posteriormente, em Lisboa, no Hospital Miguel Bombarda. Depois da publicação de Os Cus de Judas (1979), tornou-se um dos mais traduzidos e internacionalmente reconhecidos romancistas portugueses contemporâneos, tendo sido o convidado de honra do "Carrefour des Littératures" realizado em Maio de 2002. A partir desse romance, que fecha uma trilogia de inspiração autobiográfica, que, com Conhecimento do Inferno e Memória de Elefante, descrevia uma descida aos infernos, desde a experiência da guerra colonial até à perda do amor e ao regresso a um mundo de loucos, Lobo Antunes aperfeiçoa, durante a década de oitenta, uma cada vez maior desenvoltura na subversão das convenções narrativas quer do ponto de vista temático quer formal, o que culminaria com o fulgurante sucesso de Auto dos Danados , editado em 1985, obra galardoada com o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores. O constante cruzamento de vozes e a multiplicação dos pontos de vista; o livre encadeamento dos substratos temporais; a desarticulação da sintaxe narrativa; a metaforização insólita e frequentemente erotizada das descrições; a auto-referencialidade e intertextualidade; a versatilidade de articulação de diversos registos de linguagem e a utilização de um léxico sem censuras, frequentemente agressivo e injurioso; ou a individualização de anti-heróis através dos quais se perspectiva uma realidade abjecta, social, histórica e moralmente degradada, são alguns dos traços que consubstanciaram, desde então, a novidade trazida pela novelística de António Lobo Antunes. Ao mesmo tempo, a autognose cruel do país pré e pós-revolucionário é feita com uma violência e negatividade tais que visam, não o lirismo de uma revolta impotente, mas, pelo contrário, tocando o humor negro, a anulação de qualquer sentimentalismo na dessacralização das imagens de um passado recente e na análise lúcida da loucura e desmoronamento colectivos. Na edição dos prémios União Latina de 2003, o escritor foi distinguido com o prémio de Literatura pelo conjunto da sua obra, que foi definida pelo presidente do júri como "a voz mais expressiva" da realidade portuguesa. Em 2004, pelo seu livro Boa Tarde às Coisas Aqui em Baixo (2003), foi galardoado com o prémio Fernando Namora. Em Março de 2007 foi distinguido com o Prémio Camões, o mais importante galardão literário em Língua Portuguesa, no valor de 100 mil euros.
Ontem Não Te Vi Em Babilónia, publicado em 2006, é o seu último romance.
Imprensa:
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