Data de Edição: 2013
Nº de Páginas: 152
Editora: Guerra e Paz
«Qual é afinal o drama de ser uma mulher objecto? Não gostou de brincar com as suas bonecas? Eles também gostam: somos nós. Vingue-se, chame-lhe Ken. Sussurre-lhe ao ouvido: meu Action Man»
Eugénia de Vasconcellos
Sobre a obra:
Em que camas andamos a deitar-nos? Eugénia de Vasconcellos deita-nos em quatro camas politicamente incorrectas. Deitamo-nos numa cama de casal, é certo, mas uma cama de casal é para quantos? Quantas vezes nos deitamos a pensar que somos dois e descobrimos que afinal somos três? E se formos quatro? E se uma cama de dois não for sempre a mais feliz das camas?
Deitamo-nos em quatro camas. Numas há escândalo, noutras frustrações, em muitas há pecado e culpa. Agora, digam: se uma cama não for uma cama de religião, arte e emoções, se para a cama não levarmos pensamento e os cinco sentidos, poderá essa cama ser uma cama de desejo?
A cama em que nos deitamos é antiquíssima. Este é o livro que vai deitá-lo numa cama de bom sexo, colchão e lençóis novíssimos.
Ler Excerto
Sobre autor:
Eugénia de Vasconcellos tem 45 anos - e gosta: diz que, para uma maioria de pessoas, os vinte e os trinta são uma chatice formativa de onde, às vezes, não se sai jamais. Porém dos enta em diante, a idade oferece a possibilidade de retorno à la carte ao paraíso adâmico, risonho e vagamente perverso, da infância. Com a vantagem de se regressar com uma biblioteca, não apenas de livros, mas daquilo de que eles são feitos no lugar mais interno das palavras: a vida por todos os lados e a arte nos espaços em branco. O Amor. Diz estar convicta de que melhor do que os 45 só os 46, 47 e por aí adiante. E que da sua boca não sai, ai quem me dera ter outra vez vinte anos. Só um: ai quando tiver cinquenta...
Está segura de ter muita sorte: o melhor Cão do mundo é o seu. A melhor mãe e a melhor irmã. E os melhores diabinhos, perdão, sobrinhos, também. As melhores amigas.
Se no cinema do céu caiu uma estrela, a ela caem-lhe pessoas com estrela. Podia cantar-lhes Cole Porter e Sinatra: you´re the top, you´re coliseum…
Estudou Língua e Cultura Portuguesa e Psicologia Clínica. Todavia muito contrariada, já que na sua opinião, o ensino foi desperdiçado em si, excepto nos anos de colégio Católico e exclusivamente feminino onde aprendeu tudo o que ainda hoje lhe interessa: ler, ouvir, ver, e ganhar a corrida a que dá tem valor: a de fundo.
Católica, diz não acreditar em Deus, sem mais. Acredita, sim, no amor e no poder de Deus manifestado no que de melhor o ser humano é, faz.
É autora de A Casa da Compaixão, traduzido para o Catalão e publicado numa edição bilingue, e de Quem Pode Habitar em Teu Monte Sagrado. E tem poemas seus também em livros colectivos. Beijograd, poemas de amor de autores de língua portuguesa numa linha de cronológica de séculos, uma edição bilingue em português e sérvio. Em A Poesia é Para Comer entre pintura e receitas. E mesmo uma comunicação em A Cultura Light. Fez letras para músicas. Sabe que num dia escreverá de gosto fados. Tem alguns livros à espera para breve e algumas crónicas no jornal Público num passado recente. O seu futuro literário, poético, ensaístico, ou na imprensa, desconhece-o. Contudo tem uma certeza. É bom.
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