Opinião: "Mamã, Vamos Dançar?" de Isabel Venâncio

Autor: Isabel Venâncio

P.V.P.: 14,00 €

Data 1ª Edição: 2010

Nº de Edição: 1ª

ISBN: 978-989-6970-42-0

Nº de Páginas: 398

Dimensões: - x - mm
Colecção: Sentido Oculto
Editora: Chiado Editora

Sobre a obra:

Um dia, abruptamente, dizem-nos "O seu filho vai morrer, em breve..." e fica-se assim, sem referências, sem chão, sem tempo e sem espaço. O futuro, que, de uma forma ou outra, sempre damos por certo, esfuma-se-nos perante os olhos (...) Tornamo-nos fantasmas vagabundos que vacilam e vagueiam titubeantes, em busca de uma fresta por onde passe um ténue raio de luz que nos ilumine o rumo a seguir.
Tudo fica circunscrito a cada dia, a cada acordar para o medo, a cada reiniciar de um combate sem tréguas contra um adversário poderoso e obscuro (...)
Tudo se esvai em cada lento adormecer extenuado e sem sonhos, no fim de cada dia.Para amanhecer, talvez...
Para procurar ser feliz, mesmo assim, em cada gesto de amor e em cada sorriso partilhados. Estes foram os meus dias, os dias do meu filho David.

Sobre autor:

Isabel Venâncio é professora de Língua Portuguesa do Ensino Básico, em Vila Nova de Gaia. Tem 55 anos, é casada e teve dois filhos.
O mais novo, David Sobral, morreu de cancro do cólon, no dia 18 de Outubro de 2007.
Tinha 29 anos.

È autora do blog: casadavenancia.blogspot.com

Opinião:

Infelizmente, tentei pegar neste livro várias vezes, acreditem, mas não consigo ler, desde que peguei nele, não me sai da cabeça o que com o David aconteceu. Olha pro livro na mesinha de cabeceira e fico tentado a ler, pego nele avanço páginas, leio, retrocedo leio, mas o sentimento de "medo", angustia, tristeza revela-se mais forte e faz-me parar, não consigo ler o livro.
Admito este livro toca-me profundamente num ponto que me atormenta, talvez pela idade ser similar, por ser um medo que sempre atormentou o meu inconsciente, e e me acompanha à anos, mesmo por problemas gástrico-intestinais que já tive... Bom, não consigo ler o livro, gostava de conseguir, ver e ler a coragem que este apresentou, a força que tinha, a alegria de viver e contagiante... Mas o que em mim, no meu interior cria, é mais forte do que a minha vontade e a coragem abandona-me e dou-me como vencido.
Já li "À noite sonhei que tinha peito", um caso que me tocou também, que gostei de ler, mas conseguiu ler com bastante vontade, neste livro não sei se será pela idade, pelo caso em si da doença, não sei! Ultrapassa-me!
Para quem quiser ler este livro, deixo a recomendação, apenas terão de ser mais fortes do que eu e não se deixar vencer e derrotar como eu, deste quase diário de uma luta sabendo que o fim poderia estar ao fim de uns minutos.