Autor: António Feio com a
colaboração de Maria João Costa
colaboração de Maria João Costa
P.V.P.: 14,95 €
Data 1ª Edição: 2010
Nº de Edição: 1ª
ISBN: 978-972-20-4335-9
Nº de Páginas: 232 + 24
Colecção: -
Editora: Livros d'Hoje
Sobre a obra:
Tenho um tumor gigante no pâncreas. Alguns dos tratamentos conseguiram reduzir um pouco o seu tamanho, mas não o suficiente para poder ser operado. Sei bem o que isso significa. Neste momento, e porque não há outra forma, vivo um dia de cada vez. Deixei de fazer planos para a frente. Não sei o que me espera no futuro, mas isso agora também não importa, o que interessa é o aqui e agora. Ao longo deste quase último ano e meio percebi que o meu estado de saúde deixou de ser um tema que me diz respeito apenas a mim, à minha família, aos meus amigos e àqueles de quem sou próximo. A minha doença deixou de ser apenas um problema que é meu, de alguma forma deixou de me pertencer. E isto sucedeu aos poucos, à medida que a onda de apoio e solidariedade à minha volta foi crescendo e ganhando forma. Assim nasceu a ideia deste livro.
A mensagem principal que quero deixar às pessoas é que se há um problema é preciso resolvê-lo da melhor maneira, há que não ficar quieto, há que tentar de tudo primeiro, nunca desistir. Se as pessoas começarem a parar por um momento para olhar para casos como o meu, ou, simplesmente, para a sua própria vida com olhos de ver, talvez comecem a relativizar os seus próprios problemas e possam perceber o que de facto vale a pena na vida. Talvez assim a consigam aproveitar melhor.
Aproveitem a vida e ajudem-se uns aos outros!!
António Feio
António Feio (Lourenço Marques, 6 de Dezembro de 1954 - Lisboa, 29 de Julho de 2010) actor e encenador. Estreia-se aos 11, na peça O Mar, de Miguel Torga, pela mão do encenador Carlos Avilez, no Teatro Experimental de Cascais. Popularizou-se ao lado de José Pedro Gomes, com a Conversa da Treta. Para além de carreira como actor, desenvolveu uma brilhante carreira enquanto encenador. Algumas das mais importantes foram: A Partilha de Miguel Fallabela; Conversa da Treta de José Fanha (Auditório Carlos Paredes); Popcorn de Ben Elton ao lado de Helena Laureano, Deixa-me Rir de Alistair Beaton, Jantar de Idiotas, O Chato de Francis Veber (Teatro Villaret), Vaise Andando (Auditório dos Oceanos). Deixou-nos a 29 de Julho de 2010, depois de ter travado uma longa luta contra o cancro.
Maria João Costa (Guimarães, 27 de Outubro de 1976) dirige a chancela Livros d’Hoje. Apesar da sua formação jurídica, decidiu ser jornalista. Primeiro na imprensa, depois na televisão, passando pela RTP e, mais tarde, pela TV Globo, ao tornar-se o rosto do GNT Portugal. Os livros surgiram na sua vida há quatro anos, com o desafio da Dom Quixote para criar uma chancela de actualidade.
sem palavras.....!só mesmo o António Feio, para nos colocar nesta situação! Acordar para a Vida!
ResponderEliminaralguem sabe quando sai o livro ?
ResponderEliminarOlá,
ResponderEliminarO livro está à venda já, apenas chamo a sua atenção para que a 1ª edição se esgotou em apenas 2 dias, pode confirmar aqui nesta publicação
http://clube-dos-livros.blogspot.com/2010/09/livros-dhoje-1-edicao-esgotada.html
Melhor do Melhor de Antonio Feio.
ResponderEliminarRIP Antonio Feio..
Nunca serás Esqueçido Amigo..
já o li e digo mesmo que foi dos melhores livros que ja li em toda a minha vida. mando um abraço para ti António, sei que o vais sentir.
ResponderEliminarRIP António Feio, serás sempre o melhor actor.
ResponderEliminarHoje, 9 de Janeiro de 2012 terminei de ler “APROVEITEM A VIDA “ de António Feio.
ResponderEliminarNão vou limitar-me a copiar e colar, apenas deixar o registo do que retive de mais relevante e resumir um livro de 231 páginas.
De uma execução simples e que por isso mesmo se torna fiel à sua personalidade. Nada me surpreendeu por não encontrar “segredos “ou “monstros” como lhe quiserem chamar. O Sr. António Feio era assim mesmo, um livro aberto. Todos conhecemos os seus amores, os seus filhos, amigos, aventuras, o fascínio pelas mulheres e sobretudo o seu característico humor.
A verdade cruel, CANCRO, é para todos os que a enfrentam uma avalanche. Além de surgir um muro inalcançável de transpor também a terra se desprende a seus pés. A palavra CANCRO, deixa de ser falada torna-se num sussurro!
Interessante foi quando se questionou quais as graves consequências dos tratamentos que mudam o ritmo e provoca debilidade da vida das pessoas e que torna mesmo impossível deixar passar a doença ao lado. Somos constantemente alertados para não exagerarmos em exames, RX`s e que as grávidas tão pouco as devem fazer devido aos efeitos no organismo! Então porque somos sujeitados a estes agressivos tratamentos de quimioterapia, ainda que ultrapassada a doença quais as consequências futuras? O ser humano não passa de cobaias!
Curiosamente, ontem 8 de Janeiro assisti na SIC Mulher á despedida de Oprah do seu programa com 25 anos e que deixou a seguinte mensagem: Não nos perguntaram se queríamos nascer, portanto nascer não foi uma escolha nossa. Mas, a partir do momento em que nos é dado o direito de viver, devemos agradecer. A partir desse momento, independentemente das nossas raízes, das nossas dificuldades...passamos a ser responsáveis pela nossa vida, do que escolhemos, do que fazemos e do que queremos para ela...Penso que seguramente o Sr. António Feio escolheria esta mensagem para definir a forma como contribuiu para o seu estado de saúde.
E, como refere não são só os fortes que a conseguem vencer. Como no seu caso, que teve recursos financeiros para procurar a cura e a sua extraordinária capacidade de amar a vida e de procurar forças para resistir foram infrutíferas. Quando o corpo não obedece à mente, nada a fazer. Acredito que tomou conhecimento dessa realidade e aceitou-o com serenidade necessária para não ter medo de enfrentar o que lhe estava destinado e assim encontrar a paz.
Já escutei algumas pessoas dizerem: - A parte final então é espectacular. Respondo-lhes com sentido de humor: - Então vejo só a parte final, se é a melhor! Ahahaha...
Mas destino ou não, este livro termina com páginas escritas pelo Sr. António Feio e são hilariantes e não poderia terminar de melhor forma. “Cabras que desmaiam “seguidas do vídeo da pág. youtub a que faz referência.
Tiro o chapéu e dedico-lhe 2 frases célebres de Charles Chaplin :
“ Se tivesse acreditado na minha brincadeira de dizer verdades teria ouvido verdades que teimo em dizer brincando, falei muitas vezes como um palhaço mas jamais duvidei da sinceridade da plateia que sorria. “
“ A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos”