Sobre livro:
«O pior aspeto daquela concentração de massa não era o modo como alterava o espaço, nem os invulgares efeitos que provocava no tempo: o verdadeiro horror — disse-lhe — era o facto de a singularidade ser um ponto cego, fundamentalmente incognoscível. Como a luz não era capaz de sair desse lugar, nunca conseguiríamos vê-la com os nossos olhos. Mas tão-pouco poderíamos entendê-la com a nossa mente, uma vez que, na singularidade, a lógica matemática da relatividade geral deixava de ser válida. A Física perdia todo o sentido.»
Poderá a resolução das equações de Einstein levar à contemplação de um abismo inimaginável para a mente humana?
Ou a descoberta de uma fórmula salvar a Humanidade da fome e, ao mesmo tempo, servir como uma das mais diabólicas armas de destruição do nazismo?
Poderá o sonho do absoluto conduzir ao mais terrível dos pesadelos?
Em quatro magistrais relatos, cruzando ficção e realidade, História e Ciência, esperança e terror, Benjamín Labatut compõe um verdadeiro labirinto literário através da vida de físicos, matemáticos e astrónomos, de personalidades esquivas e excêntricas, indivíduos sempre entre o génio e a loucura que, para o bem e para o mal, revolucionaram e moldaram o século XX, marcando o momento em que a Humanidade deixou, finalmente, de entender o mundo.
Sobre autor:
Benjamín Labatut nasceu em Roterdão, em 1980. Cresceu em Haia e Buenos Aires. Com 12 anos, mudou-se para Santiago, no Chile.
Recebeu o Prémio Caza de Letras, em 2009, pela Universidad Nacional Autónoma de México, e, em 2012, o Prémio de Literatura de Santiago.
É um dos jovens autores internacionais do momento.
Imprensa:
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